quinta-feira, 28 de maio de 2015

LER, CRESCER E TRANSFORMAR




Percebemos que a realidade atual vem afastando cada vez mais nossos alunos do ato de ler. Aspectos como computadores, videogames, TV, o acesso restrito a leitura no núcleo familiar, e a falta de incentivo, têm ocasionado pouco interesse para leitura e por consequência dificuldades marcantes que sentimos na escola: vocabulário precário, reduzido e informal, dificuldade de compreensão, erros ortográficos, poucas produções significativas dos alunos, conhecimentos restritos aos conteúdos escolares.
Faz-se entanto necessário que a escola busque resgatar o valor da leitura, como ato de prazer e requisito para emancipação social e promoção da cidadania.
A leitura nunca se fez tão necessária nos bancos escolares. De um lado há o aumento nas fontes de pesquisa e uma crescente preferência pelo construtivismo. De outro lado, vemos a grande dificuldade de nossos alunos em compreender questões eliminatórias no vestibular onde só se obtêm êxito quem tiver por hábito se atualizar através de jornais, revistas e livros.
Através da leitura o ser humano consegue se transportar para o desconhecido, explorá-lo, decifrar os sentimentos e emoções que o cercam e acrescentar vida ao sabor da existência. Pode então, vivenciar experiências que propiciem e solidifiquem os conhecimentos significativos de seu processo de aprendizagem.
Neste sentido pensamos ser dever, de nossa instituição de ensino, juntamente com professores e equipe pedagógica propiciar aos nossos educandos momentos que possam despertar neles o gosto pela leitura, o amor ao livro, a consciência da importância de se adquirir o hábito de ler. O aluno deve perceber que a leitura é o instrumento chave para alcançar as competências necessárias a uma vida de qualidade, produtiva e com realização.



A escola é um espaço fundamental para desenvolver leitores. LER É APRENDER, estimular este hábito é nossa tarefa enquanto escola.
A professora Janete de Bona Schulz juntamente com os alunos do 2º ano, trabalhando o gênero textual CONVITE, convidaram as turmas das Séries Iniciais para um momento de contação de história. Os alunos ouviram e participaram entusiasmados deste momento mágico. Na oportunidade foi sorteado um livro de uma escritora local, Sofia Debiase Matei (09-anos), assim como apresentado os passos para se fazer um livro. Além de estimular o habito de leitura queremos também incentiva-los a produzir e à serem autores de sua própria história.  




REFERÊNCIAS
FREIRE, P. A importância do ato de ler. 41ª ed, São Paulo: Cortez, 2001.
GERALDI, J. W. O texto na sala de aula: prática da leitura de textos na escola. 2 ªed, Cascavel: Assoeste, 1984.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da Criação Verbal. 4ª Ed, São Paulo: Martins Fontes, 2003.
WACHOWICZ, Teresa Cristina. Análise linguística nos gêneros textuais. São Paulo: Saraiva, 2012.
SILVA, Vera Maria Tietzmann. Leitura Literária & outras leituras – impasses e alternativas no trabalho do professor. Belo Horizonte: RHJ, 2009.
SNOWLING, Margaret J.; HULME, Charles. A ciência da leitura. Porto Alegre: Penso, 2013.

(Texto publicado no Jornal Destaque em 28/05/2015.)

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Diversidade se aprende na escola.




                    Ensinar a importância do respeito à diversidade é fundamental em um ambiente escolar. 

                   Ao tratar da diversidade humana na escola podemos ter como parâmetro a necessidade de reconhecimento que caracteriza os seres humanos. Para interpretarmos quem somos como coletividade, ou quem sou como indivíduo, dependemos do reconhecimento que nos é dado pelos outros. O reconhecimento pelos outros é uma necessidade humana, já que o ser humano é um ser que só existe através da vida social.

                   Ao considerarmos que os seres humanos dependem do reconhecimento que lhes é dado, estamos reconhecendo que a identidade do ser humano não é inata ou pré-determinada, e isso nos torna mais críticos e reflexivos sobre a maneira como estamos contribuindo para a formação das identidades dos nossos alunos.

                   O processo de ensino e aprendizagem do aluno se dá através das interações sociais ocorridas dentro do ambiente escolar. O ideal é que a escola em seu planejamento de ênfase a importância de propiciar ao seu aluno um ambiente que priorize e estimule o respeito à diversidade, ajudando a formar cidadãos mais educados e respeitosos que se preocupam com os outros, possuindo o espírito de coletividade.

                   A escola inclusiva direciona-se para um ensino que, além de reforçar os mecanismos de interação solidária e os procedimentos cooperativos, auxilie o ser humano a se ver e se perceber como parte de um todo que independe de suas características físicas. A inclusão diz respeito a todos os alunos, e não somente a alguns. Ela envolve uma mudança de cultura e de organização da escola para assegurar acesso e participação para todos os alunos que a frequentam regularmente.

                    Um ponto de partida para que exista o respeito à diversidade na escola é aceitarmos que os agentes que nela interagem têm interesses, visões de mundo e culturas diferentes e nenhum de nós tem o monopólio da verdade, da inteligência e da beleza. Daí a necessidade de negociações permanentes para que todos façam concessões, e todos tenham ao menos parte dos seus interesses e valores contemplados no espaço público da escola.

             É necessário que seja admitida a diferença na relação com o outro. Isto quer dizer tolerar e conviver com aquele que não é como eu sou e não vive como eu vivo, e o seu modo de ser não pode significar que o outro deva ter menos oportunidades, menos atenção e recursos.
                   A democracia é uma forma de viver em negociação permanente tendo como parâmetro a necessidade de convivência entre os diferentes, ou seja, a tolerância. Mas para valorizar a tolerância entre os diferentes temos que reconhecer também o que nos une.






(Texto publicado no Jornal Destaque em 21/05/2015.)


 

sexta-feira, 15 de maio de 2015

EEB São Ludgero – 100 anos de História


     
Resgatar a história de uma instituição é   reviver o passado, compreender a sua trajetória dentro da comunidade e  valorizar aqueles que  participaram do processo de construção e deixaram suas marcas e contribuições.
     A educação em São Ludgero foi trazida pelos imigrantes alemães que aqui chegaram e se preocuparam com a catequese através da escola paroquial.  A religião foi fundamental na questão educacional, pois os sacerdotes que por aqui passaram muito  se preocuparam com a educação no sentido de saber ler, escrever e fazer contas. Vale destacar os pioneiros Padre Roer, Padre Topp,  Padre Auling, Padre Carlos Schmees, Monsenhor Frederico Tombrock e Padre José Pereira Kunz. Estes que contribuíram  para fazer com que seus conterrâneos  aprendessem  “o dialeto westfaliano – introduzi-los nas verdades da religião católica, ensinar-lhes a rezar, escrever, ler, cantar e pensar, tornar-lhes acessível a fonte viva do caráter alemão, fazer deles autênticos cidadãos e bons cristãos”. (Crônicas da Paróquia de São Ludgero)
     Em um século de história tem-se muito a contar. Muitas e interessantes passagens foram registradas ou ficaram na memória daqueles que passaram pelo Colégio São Ludgero, antigo nome da atual Escola de Educação Básica São Ludgero. 
     A partir de registros  em  documentos antigos e história oral com entrevistas contadas por diversas pessoas da comunidade e que trabalharam na  escola, está sendo produzido  um livro sobre estes 100 anos de história do “Colegião” (nome carinhoso que a escola recebe).  O livro, escrito pelas professoras Eliane Damian De Bona de Oliveira e Geisa Baschirotto Dário  ainda não tem data definida de lançamento, mas está previsto para este ano ainda. 
     São cem anos de serviços prestados à comunidade sãoludgerense,  de educação rígida e disciplinar quando era internato, educação de conquistas e lutas, de merecimentos e gratidões. 
“Cem anos se passaram e muito temos para contar, que os próximos cem anos sejam novamente marcados por uma história rica em sabedoria, educação e vontade de fazer deste mundo um lugar muito melhor. Cabe a cada educador a missão de semear no coração dos seus educandos, esta vontade”.
     Sabemos que o tempo dispensado à educação e ao aprendizado contínuo dos alunos não tem preço. Então, queremos homenagear aqueles e aquelas que foram, são e que serão os coadjuvantes da história do Colégio, hoje Escola de Educação Básica São Ludgero”.
Desde já queremos agradecer as professoras por se dedicarem a este trabalho de registro histórico e também a saudosa professora e escritora Iva Buss, que ajudou na pesquisa e  reorganização do histórico da  escola e muito incentivou  a registrarmos esta história tão rica de detalhes . 


Professoras  Geisa Baschirotto Dário e Eliane Damian De Bona de Oliveira  as escritoras do livro. 
(Texto publicado no Jornal Destaque em 14/05/2015.)

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Provinha Brasil 2015








Alunos do 2º ano, matutino e vespertino, da EEBSL realizando a Provinha Brasil.

     Em 2008, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), por meio da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb) e com o apoio da Secretaria de Educação Básica (SEB) do Ministério da Educação (MEC) e de universidades que integram a Rede Nacional de Formação Continuada de Professores da Educação Básica do MEC, implementou,  a Avaliação da Alfabetização Infantil Provinha Brasil.
     A Provinha Brasil é uma avaliação diagnóstica que  visa identificar o desempenho dos alunos no início e no final do segundo ano de escolaridade do Ensino Fundamental. A escolha do segundo ano do Ensino Fundamental foi adotada considerando o disposto no Plano de Metas – Compromisso            Todos pela Educação (2007), que expressa a necessidade de “alfabetizar as crianças até, no máximo, os oito anos de idade, aferindo os resultados por meio de exame periódico específico” (artigo 2º, inciso II).
Sendo assim, essa avaliação é destinada a alunos após um ano de estudos no ensino fundamental dedicado ao processo de alfabetização.
     O objetivo da Provinha Brasil é o de levantar informações que possam subsidiar a ação de professores, coordenadores pedagógicos e gestores das escolas das redes públicas de ensino do país. Com isso, pretende-se contribuir para o acompanhamento do desenvolvimento dos alunos na aquisição das habilidades relacionadas ao processo de alfabetização e, assim, prevenir o diagnóstico tardio das dificuldades acumuladas nesse processo.
    As concepções que embasam a provinha Brasil consideram que as habilidades relacionadas ao processo de alfabetização e letramento em Língua Portuguesa e Matemática não se desenvolvem apenas nos dois primeiros anos da educação formal, mas continuamente, durante toda a Educação Básica. Entende-se que, caso, problemas nesse processo sejam identificados ainda no início da vida escolar do aluno, as chances de uma aprendizagem efetiva serão potencializadas.
     As matrizes de Referência da Avaliação da Provinha Brasil elencam o que se pretende avaliar com esse instrumento, ou seja, os conhecimentos que se espera que os alunos tenham adquirido após o início do processo de alfabetização. A matriz é apenas uma referência para a construção do instrumento de avaliação. É, portanto, diferente de uma proposta curricular ou de programas de ensino, que são mais amplos e complexos.


Fonte: - Provinha Brasil 2015

            - www.todospelaeducacao.org.br

(Texto publicado no jornal Destaque em 07/05/2015.)


Fotos: Alunos do 2º ano, matutino e vespertino, da EEBSL realizando a Provinha Brasil.